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quinta-feira, 24 de março de 2011

Nota de Repúdio

Nota de Repúdio
A Organização e os participantes do I Simpósio de Literatura ParaensePescadores de Palavra; poesia e prosa na rede do Norte protestam contra a derruba do declarado Patrimônio de história e cultura do Pará, a casa de Dalcídio Jurandir em Cachoeira do Arai, o famoso “chalé” do Ciclo do extremo Norte.
O Chalé...
partiu, sim!

Não há declínio — somente transformação...
Este foi a convicção do jovem, poeticamente talentoso paraense Dalcídio
Jurandir (1909-1979) quando saiu da Ilha de Marajó. Deixou atrás o
chalé: “Voltar para o chalé era, muitas vezes, ter de olhar na saleta o
vulto de Eutanázio sozinho com aquela cara amarrada [...] Alfredo por isso
queria sair daquele chalé onde o vento vem bater nas janelas, sacudir as
redes, bulir com os catálogos do Major Alberto. Quando as chuvas voltavam,
então era que D. Amélia sentia mais desejos de levar Alfredo para
Belém” (Chove nos Campos de Cachoeira, a 7ª. edição vai sair em
breve, no Rio de Janeiro).
Deixou atrás sua infância, naquele chalé, o lugar central das suas
reflexões narrativas, alguns anos mais tarde. O jornalista tornou-se
escritor e se deteve em narrar os sonhos de uma sociedade. Como ele mesmo
disse, os temas de seus romances “vêm do meio daquela quantidade de
gente das canoas, dos vaqueiros, dos colhedores de açaí”. Os sonhos
eram como “passarinhos revoam em torno do chalé. O caroço de tucumã
já imaginou que os passarinhos moravam no chalé. Ficavam livres do
gavião, do fogo dos campos e da baladeira dos moleques”.
Sem escolaridade completa, Dalcídio, filho de pai descendente de
portugueses e de mãe descendente de escravos, tentou a sorte como viajante
clandestino para o Rio de Janeiro aos 19 anos. Depois de nem um ano, voltou
ao Amazonas e conseguiu emprego como funcionário municipal em Gurupá
(PA), onde escreveu seu primeiro esboço de romance (1929). Uma pequena
cidade em declínio como toda a região, um afundamento das várias
esperanças, não só dos barões de borracha, esperanças da gente simples
ganhar a vida de forma melhor, esperanças dos intelectuais e engajadas
sobre uma época mais democrática.
Depois de uma década de resgate literário e cultural, depois do
Centenário do escritor, o chalé foi tombado Patrimônio Histórico e
Cultural, no dia 24 de dezembro de 2010, mas nem o “Menino Deus no colo
de Guíta” ajudou...
“O chalé é uma ilha batida de vento e chuva”, mas a banalidade da
vida real acabou com aqueles sonhos, aqueles esperanças de ter um lugar de
comemoração da cultura paraense: o chalé foi demolido. O chalé desistiu
o vento, a chuva; o acapu resistiu fortemente o tempo, mas não resistiu a
mão do dono atual do chalé... acabou com aquilo que se poderia tornar
marca da história literária e cultural do Pará, do Brasil e do mundo
para sempre...


Prof. Dr. Gunter Pressler
UFPA

Agradecimentos

 “A poesia
está em nós
atada
em nós
feitos na alma.”

Essa poesia está escrita em algum Objeto Perdido por aí.

Pensando assim- “a poesia está em nós”, surgiu a idéia do I Simpósio de Literatura Paraense, idéia que o Centro Acadêmico de Letras abraçou e ajudou a construir.  Durante esse percurso de construção encontrei pessoas que, também, ajudaram-me com a realização de um evento gratuito e de qualidade para a comunidade acadêmica do curso de Letras. Dividi esse projeto com o Cal, porque sei que ele não é apenas um lugar onde há somente política e diferenças políticas, mas também um lugar constituído de pessoas que acreditam em uma universidade pública com qualidade.

O primeiro tijolo a ser colocado nessa construção foi o titulo Pescadores de Palavra; poesia e prosa na rede do Norte. Sugestão da Colaboradora de idéias do Simpósio, professora Giselle Ribeiro. E aqui, faço meu agradecimento a quem tanto e tanto contribuiu com criatividade e eficiência.

Outros tijolos foram colocados...

Professora Bete Vidal, que teve a gentileza de avaliar os resumos de Comunicações. Obrigada!

Renata, meu docinho de arte. Você que tantas vezes foi solicitada por mim a resolver o principal: a arte. Obrigada!

Denisson, meu desenhista predileto. Obrigada pela sua arte e disponibilidade em ajudar com o seu dom.

Obrigada a um convidado especial, o poeta Juraci Siqueira. Obrigada por toda a poesia e corações distribuídos nas “tardes poéticas”.

(Gestão e não Gestão) Érica, Camila, Carlos, Jorge, Karina, Aline, Carol, Francisco, Luiz, Drad, Cristiane, Rafael, Vitor, Amadas’s, Gézika, sem vocês nada aconteceria nos três dias de Simpósio.
Érica, Camila Amanda’s, o café estava ótimo. Jorge, um excelente mestre de cerimônias. Karina, garota multiuso. Carlos, da próxima vez não diga para Juraci Siqueira que não tem vagas (Risos). Você é maravilhoso! Aline, obrigada pelo blog e pela força. Francisco, sem a sua boa vontade não teria uma decoração no Sarau. Cristiane, Coordenadora do CAL, obrigada. Rafael, obrigada pela música. Carol e Camila, obrigada pelas fotos. Drad, obrigada pelo transporte e todo o resto. Luiz e Gézika obrigada!  Vitor, obrigada pelas poesias recitadas.

Obrigada a todos os professores que aceitaram o meu convite e estiveram presente, contribuindo nos três dias de programação. profª Bete Vidal, profª Giselle Ribeiro, profª Socorro Simões, profª Lilia Chaves, prof. Heleno, prof. Gunter e sua equipe de pesquisa, escritor Vicente Cecim, prof. José Guilherme Castro, profª Marli Furtado.

Meu agradecimento especial ao prof. e poeta homenageado Paulo Nunes.

Obrigada aos alunos que apresentaram as comunicações.

Obrigada ao apoio do Instituto de Letras e Comunicação e a PROEX. Obrigada aos funcionários do ILC.

Por fim, é muito cansativo e às vezes até estressante está coordenando um evento que pelo nome já tem tanta responsabilidade. Mas, o final é saboroso. Peço desculpas se em algum momento perdi a paciência, pois algumas vezes senti um leve desamparo.
O lado ruim de tudo isso é não poder assistir as palestras e comunicações como gostaríamos.
Só quero brincar disso uma vez por ano...

Com minha gratidão,


 Ingrid Marinho
(Em busca da poesia)

quinta-feira, 10 de março de 2011

* 16/03 (QUARTA)
Mário Faustino e Benedito Nunes: o poeta e o filósofo.
Profa. Dra. Lilia Silvestre Chaves (UFPA)

*17/03 (QUINTA)
- Negra poesia, sentidos livres no projeto Afromalus da UNAMA.
Prof. Dr. Paulo Nunes (UNAMA)
- O erotismo de Max Martins.
Prof. Dr. Luiz Heleno (UFPA)
- O Romance Moderno no Pará: Dalcídio Jurandi.
Prof. Dr. Gunter Pressler / Grupo de Iniciação Científica (UFPA)

*18/03 (SEXTA)
- Benedito Nunes: A LUZ DA ESTRELA - depoimento de Vicente Cecim sobre o amigo e sábio da Travessa da Estrela.
Vicente Cecim
- A poética de Dalcídio Jurandi.
Profa. Dra. Marli Furtado (UFPA)
- Paulo Nunes: um míope em busca da linguagem.
Prof. Dr. Paulo Nunes (UNAMA)

OBS.: Programação sujeita a modificação.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Benedicto Monteiro - Escritor Homenageado

                       Benedicto Wilfred Monteiro
              Escritor, jornalista, advogado e político brasileiro.
Nasceu em Alenquer ( PA ), em 1 de março de 1924. Faleceu em Belém,em 15 de junho de 2008.

Filho de Ludgero Burlamaqui Monteiro e Heribertina Batista Monteiro, cursou o primário no grupo escolar de Alenquer e o curso de humanidades no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém.
Cursou o científico no Colégio Rabelo, iniciando também os seus estudos de Direito na Universidade do Brasil. Diplomou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Pará. Exerceu a magistratura e o Ministério Público. Foi eleito deputado estadualpor duas legislaturas. Foi também secretário de Estado de Obras, Terras e Águas. Foi cassado durante o Golpe Militar de 1964.
Publicou em 1945, no Rio de Janeiro, o seu primeiro livro de poesias, Bandeira Branca. As obras de Benedicto Monteiro são dedicadas ao fabuloso Verde Vagomundo da Amazônia.
Na sua terra natal, exerceu a vereança e funções judiciárias. Deputado estadual e federal (Assembléia Nacional Constituinte), foi também procurador-geral do Estado e secretário de obras. E em seus últimos anos, foi advogado militante.
Casado, teve cinco filhos. Foi membro da Academia Paraense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e da Academia Paraense de Direito.
OBRAS:
  • Bandeira branca (1945)
  • Verde vago mundo
  • O minossauro
  • A terceira margem
  • Aquele um
  • O carro dos milagres
  • Direito agrário e processo fundiário
  • O cancioneiro
  • Transtempo
  • Maria de todos os rios
  • Como se faz um guerrilheiro
  • Discurso sobre a corda
  • Poesia do texto
  • Aruanã
  • Cobra-grande
  • Estudos regionais
  • A terceira dimensão da mulher
  • História do Pará
  • Belém vista por Marina
  • Ecologia e Amazônia


Tetralogia Amazônica

  • Verde vagomundo
  • O minossauro
  • A terceira Margem
  • Aquele um

Texto extraído da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Benedicto_Monteiro

NORMAS PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS

I SIMPÓSIO  DE LITERATURA PARAENSE
Pescadores de Palavra; poesia e prosa na rede do Norte
NORMAS PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS
Serão aceitas as seguintes modalidades de trabalhos:

a.  Comunicação: apresentação de trabalhos relacionados à literatura paraense.

Normas e instruções para inscrição de trabalhos

O aluno  interessado  em  inscrever  seu  trabalho  deverá  levar  em  consideração  as normas da ABNT para a seguinte modalidade.

Comunicações:

As propostas  de comunicações deverão  ser enviadas a o dia 06/03/2011  para  o email 1simposiolit.pa@gmail.com com o arquivo anexo ao email. No espaço destinado ao assunto, deve-se indicar a modalidade do trabalho (comunicação). O arquivo a ser enviado deve  estar  em  extensão.  Doc. do MS  Word. No corpo do email deverão constar os nomes de todos os proponentes, no máximo de 2 pessoas, indicando-se suas  instituições  de  origem  e  maios  titulação,  assim  como  o  nome  do  trabalho proposto.

Os resumos das atividades  deverão  conter  o nimo de  200 e o ximo de  500 palavras. O resumo deve ser escrito em fonte Times New Roman ou Arial, tamanho
12, com espaçamento 1,5 entrelinhas e 2,5 nas margens (inferior, superior, esquerda e direita).

O título do trabalho deve constar na primeira linha do resumo: centralizado, caixa alta, tamanho da fonte 12, em negrito. Abaixo, alinhado à direita devem constar os nomes do(s) autor(es) indicando-se entre parênteses  a sigla de sua instituição de origem. Na linha posterior ao nome deve iniciar-se o corpo do resumo, esse corpo do texto estará sujeito à contagem de palavras. Ao fim do resumo, faz-se necessário  o destaque  de três a cinco palavras-chave.

Na  última  linha  da  folha  deve-se  fazer  referência  aos  materiais  necessários  a apresentação,   exemplo: data                                              show,   som,   deo,                 sujeitos     a    confirmação   da disponibilidade.

Quem pode inscrever trabalhos?

Poderão ser proponentes  de comunicação, primeiramente  alunos de graduação e pós graduação.  Havendo espaço,  poderão  se inscrever professores  da  rede  pública ou particular, de ensino superior.